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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Xadrez nos momentos importantes da História

Século III A.C.

O General Xin Han, nascido em 277 A.C. em Huai-yin (na atual Província de Jiangsu), em sua vida atravessou os tempos tumultuados do chamado “Período da Guerra dos Estados” (481-221 A.C.) e também da Dinastia Qin (221-206 A.C.) e ainda atuou na igualmente contenciosa Dinastia Hàn (206-220 A.C.). Ele é simplesmente o mais exitoso militar, o mais famoso guerreiro-conquistador da história imperial da China, um longo e
imenso registro, ao mesmo tempo impressionante e intimidativo,que abrange eras de 4 a 5 mil anos da vida desse povo oriental, em todos os seus aspectos,. Não há menção nas mais do que completas enciclopédias e crônicas antigas sobre o “país amarelo” de que o General HÁN tenha sofrido alguma derrota em sua longa carreira de combates, ou deixado de realizar alguma missão atribuída a ele pelo príncipe ou imperador a quem servia. De fato, seu currículo militar e êxitos bélicos foram tão destacados que ele próprio poderia ter se tornado Imperador da China, se tivesse substituído sua lealdade absoluta por ambição política ou sonhos de poder total.Ele também escreveu, entre os anos de 202-196 A.C., uma obra em 3 volumes chamada “A Arte da Guerra” (mesmo título de duas outras antologias já clássicas a seu tempo: a de Tse SUN e a do “Grande Duque”) que, infelizmente, não foi preservada. A versão da origem do xadrez ligada a Xin Han, tem inicio durante o rigoroso inverno de 204-203 A.C. No quartel-general das forças comandas por ele, então situado às margens do Rio Mian-Man, na Província de Shensi, enquanto aguardavam a chegada da primavera para combater as forças inimigas de Chu Ba Wang, Príncipe de Chu, estacionadas na margem oposta do rio. A opção do jogo ocorreu com o duplo propósito de manter suas tropas ao mesmo tempo entretidas e de moral elevado durante o cerco militar e ao longo da exasperante espera do confronto agendado, e também de instruí-los, através do jogo-simulação, sobre as artes da guerra. Visava adestrá-los sobre questões de planejamento, ataque e defesa e ação coordenada, além de exaltar a solidariedade entre os
companheiros. Fez-se então que a “simulação da guerra através do jogo” fosse a mais realista, em termos dos objetivos e meios passíveis de serem transferidos simbolicamente para um jogo de tabuleiro. Para tanto, ele estudou em profundidade outros jogos criados na China e bem mais antigos, como o Wei-Qi (conhecido no ocidente como Go), criado pelo Imperador Shün, entre 2357 e 2353 A.C., e que representa a permanente luta do povo chinês contra as freqüentes inundações no país. Ele também observou as características do Liu-Bo (ou Liu-Po), um jogo primeiramente mencionado nas crônicas relativas à dinastia Shang, atuante entre 1600 e 1028 A.C. Ele incluía o fator chance, mediante um esquema de sorteio com o uso de 6 pequenos bastões, duplamente coloridos, cujo manuseio era equivalente ao emprego de dados. Han optou por excluir a interferência da sorte, por acreditar que a guerra seria vencida por quem demonstrasse maior capacidade de planejamento prévio (Estratégia), consciência objetiva das oportunidades que surgem durante a batalha (Tática) e coordenação e solidariedade entre as várias forças de um exército. O próprio nome do jogo – Jogo para Capturar Xiang Qi – (sendo Xiang Qi, o Príncipe de Chu, rival do Príncipe a quem o general Han serve) indica seu objetivo final para ambos os jogadores: atacar e deixar sem saída o comandante do exército rival. O equivalente ao xeque-mate, como conhecemos tal situação. No entanto, foi surgindo uma crescente confusão devida à similaridade dos nomes usados atravessou um mar e mudou de continente, pois os árabes trariam para a Europa Medieval o jogo que conheceram com os persas. Eles, de fato, se tornaram o “correio do xadrez” para uma grande parte do mundo.

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